Só quem é pai ou de mãe sabe como criar os filhos pode ser desafiador. Há quem diga que “filhos devem ser criados para o mundo”, mas muitas famílias sentem dificuldade de colocar isso em prática por medo do desconhecido e por uma falsa ideia de que proteger a criança de tudo é o melhor caminho.
O que os pais devem levar em conta é justamente o contrário, já que promovendo uma criação positiva, que valoriza a independência, a responsabilidade e os limites, estão ajudando suas crianças a se tornarem jovens e adultos mais confiantes.
Mas como fazer isso no dia a dia? A rotina familiar pode ser intensa e cada um ter suas atividades e tarefas, mas com união e compreensão é possível colocar em prática atitudes que serão benéficas para o desenvolvimento do seu filho com reflexos no hoje e principalmente no futuro.
Comece aos poucos, por exemplo, convidando o pequeno para ajudar na rotina da casa. Peça que ele guarde seus brinquedos depois de brincar, coloque ou tire a mesa após as refeições ou cuide do pet da família. Ações simples, para que ele entenda que faz parte de um todo no lar e que assim como os outros moradores da casa também tem que contribuir com a organização.
Uma ideia bem válida é criar um quadro de tarefas semanais para delegar funções e marcar o que já foi concluído com sucesso, sempre lembrando que agradecer uns aos outros é elementar para a convivência.
Antes de ser independente é preciso aprender com os erros, por isso, se algo não ocorrer tão bem quanto o esperado, dialogue com seu filho explicando que isso é natural e que precisamos aprender a lidar com as frustrações. Conversar é sempre importante, estar aberto para falar, mas principalmente para ouvir seu filho é um exercício eficaz na compreensão de seus sentimentos frente às situações da vida.
A liberdade é fundamental, mas é essencial não confundi-la com irresponsabilidade, dessa maneira, saiba estabelecer os limites. Os pais precisam saber que dizer “não” faz parte do aprendizado e, portanto, da educação dos filhos para que se tornem mais maduros no futuro.
Agir de maneira superprotetora é outra ilusão de que você pode manter seu filho seguro diante dos perigos da vida. Isso ainda pode comprometer o desenvolvimento e independência da criança.
Outra questão é tomar cuidado para não desmotivar seu filho com correções exageradas. Permita que ele faça as coisas do seu jeito e respeite seu ritmo, por exemplo, deixe que ele arrume a cama sozinho, mas depois de pronto, não “corrija” fazendo uma nova arrumação, pois o fará sentir-se incapaz e desmotivado.
Buscar a individualidade também faz parte do processo de independência, então incentive seu filho a descobrir o que gosta de fazer, expressando sua criatividade através de um hobbie, esporte ou alguma atividade que se divirta.
Estimular a independência e a autonomia dos filhos faz parte de um processo de desenvolvimento que além de contínuo ao longo da infância, deve ser embasado no afeto e na compreensão.